sexta-feira, 28 de maio de 2010

História da sopa da pedra


A Sopa de Pedra



Era uma vez um viajante que andava de país em país, de terra em terra. Um dia quando estava de passagem por uma pequena aldeia reparou que a sua comida tinha acabado, e já estava a ficar com muita fome.

Foi andando de um lado para o outro a pensar numa forma de arranjar comida. Tinha muita vergonha de ir pedir, mas parecia que daquela vez não tinha outra hipótese.

Enquanto ia andando deu um pontapé numa pequena pedra que estava no chão, era uma pedra muito lisa e bonita, foi então que teve uma ideia de conseguir almoçar sem sentir tanta vergonha.

Bateu à porta de uma casa, que parecia ser de um grande agricultor da região.
Quando o dono da casa abriu a porta o viajante disse-lhe:
– Bom dia senhor, eu sou viajante e trago comigo uma pedra mágica capaz de fazer a melhor sopa do mundo, quer provar?

Ao dizer isto retirou do bolso uma pedra muito lisa e redonda. Era parecida com outras que o agricultor conhecia, mas como gostava muito de sopa decidiu aceitar provar a tal melhor sopa do mundo.
O viajante entrou e pediu uma panela grande com água e um pouco de sal, colocaram a panela ao lume e a pedra lá dentro. Quando a água começou a ferver o viajante provou e disse:

– Está quase pronta, mas ficava ainda melhor se lhe pusermos umas batatas.
– Oh homem! Não seja por isso, eu sou um grande agricultor desta região, batatas é coisa que não me falta.
– Obrigado, assim a sopa vai ficar muito melhor.

Passado mais algum tempo voltou a provar.

– Está quase, mas ficava ainda melhor se lhe pusermos umas cenouras

O agricultor lá foi buscar as melhor cenouras que tinha em casa.
Após provar várias vezes o viajante foi pedindo outros vegetais, couve, cebola, feijão, entre outros. Quando a sopa já estava rica em vegetais, o viajante disse:

– Caro amigo, a sopa está a ficar uma delícia.

O agricultor mal podia esperar para provar a sopa, que é uma coisa que ele adora.
O viajante após provar mais uma vez pediu:

– Oh amigo esta sopa ficava ainda melhor se lhe pusermos um pouco de carne de porco, tem ai alguma coisa? Chouriço, por exemplo.
– Mau, mau, já lhe disse que sou agricultor, coisas dessas não faltam cá em casa.

Mais uma vez foram colocando algumas carnes na sopa.
Provou mais uma vez e disse com um grande sorriso:

– Está pronta!!!
– Já não era sem tempo, vamos lá provar essa sopa

O viajante serviu a sopa para os dois.
Depois de a provar, o agricultor exclamou:

– Tinha razão, é mesmo a melhor sopa que já comi até hoje, essa sua pedra é realmente mágica. Não me a quer vender?
– Não está à venda, é muito valiosa para mim, foi-me oferecida por um mago de um país distante.
– Muito bem, obrigado na mesma por me ter deixado provar esta sopa.
– Obrigado eu.

Despediram-se e o viajante continuou a sua viagem por outras terras, utilizou várias vezes a sua pedra mágica e assim conseguiu comer sem ter vergonha de pedir e foi desta forma que a receita da sopa de pedra foi passando de terra em terra e hoje ainda a podemos provar em vários locais, com diferentes receitas.


Receita da sopa de pedra para aprenderes.Pede ajuda à tua mãe e experimenta fazer esta receita bem gostosa.


Ingredientes:
•1/2 l de feijão-encarnado
•1 kg de orelha e cabeça de porco
•200 grs de entrecosto
•250 grs de carne de vaca para cozer
•100 grs de toucinho entremeado
•1 chouriço
•1 morcela
•1 couve-lombarda
•400 grs de batatas
•2 cenouras
•2 cebolas
•2 dentes de alho
•sal q.b.
•1 farinheira
•hortelã e coentros q.b. (facultativo)

Confecção:
De véspera raspam-se e limpam-se bem a orelha e cabeça de porco, salgam-se juntamente com o entrecosto e põe-se o feijão de molho. No dia seguinte lavam-se as carnes e os enchidos e põem-se a cozer em água e sal. Separadamente, põe-se também o feijão a cozer em água. À medida que forem cozendo, vai-se retirando as carnes sucessivamente, para não se espapaçarem, visto que a carne de porco coze muito mais depressa que a de vaca, o mesmo acontecendo com a morcela em relação ao chouriço. Logo que se retirarem todas as carnes, juntam-se cortadas em pedaços, a couve, as cenouras, a cebola, os alhos picados, e algum tempo depois as batatas também em pedaços. Entretanto, escorre-se o feijão, do qual se retiram duas conchas que se passam no passe-vite. Quando os legumes estiverem cozidos juntam-se-lhe os feijões inteiros e os passados. Deixa-se ferver tudo para apurar e rectifica-se de sal. Cortam-se as carnes de porco e de vaca em bocados, os enchidos em rodelas e o toucinho em fatias. Deitam-se as carnes na panela e, logo que levantar fervura, adicionam-se os enchidos e o toucinho, servindo-se imediamente. Empregando a farinheira deve pôr-se a cozer juntamente com as carnes, tendo em conta que o seu tempo de cozedura é muito rápido. Temperando com coentros, devem deitar-se ao mesmo tempo que os legumes. Se for o caso de se empregar hortelã, basta juntar um ramo ao mesmo tempo que os enchidos. Por gracinha põe-se em cada prato uma pedra redonda, tipo seixo rolado do rio, mas previamente bem lavada.
(Esta receita foi obtida no site ROTEIRO GASTRONÓMICO DE PORTUGAL

E agora tens aqui uma actividade relacionada com o tema.Diverte-te

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